sábado

Diversidade Cultural

Projeto desenvolvido durante o segundo semestre de 2006, com todas as turmas de EJA da Escola Municipal Francisca de Paula, em Belo Horizonte, MG. O projeto pesquisou as culturas de povos de diferentes paises e continentes.
Oficinas em diversas áreas foram realizadas, com cada turma assumindo uma atividade. Este vídeo é o conteúdo audiovisual da pesquisa via internet, realizada durante as aulas de Arte no laboratório de informática.
Professor: Geraldo Loyola

Sobre EJA

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade da Educação Básica que busca atender a um público que não teve oportunidade de estudar, por motivos diversos. A Constituição Federal de 1988 – estabelece que "a educação é direito de todos e dever do Estado e da família..." e o ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive sua oferta garantida para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria.

A batalha para aumentar a escolaridade é antiga. No início do século passado a pressão para acabar com o analfabetismo vinha da indústria, carente de mão-de-obra especializada. "Diversos projetos oficiais surgiram, mas foram os movimentos sociais que deram as bases para a Educação de Jovens e Adultos que temos hoje", afirma Leôncio Soares, professor de pós-graduação e coordenador do Núcleo de EJA da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. A ditadura militar tentou abafar iniciativas como os Centros Populares de Cultura e o Movimento de Educação de Base, entre outros, propondo o Movimento Brasileiro de Alfabetização, o Mobral.

Com a abertura política, a sociedade voltou a organizar-se. O Brasil participou de conferências internacionais, reforçando o compromisso com o fim do analfabetismo. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996, dedicou à EJA toda uma seção. O governo federal lançou em 1997 o Alfabetização Solidária — hoje uma ONG atuante em 2010 municípios — e em 2001 o projeto Recomeço (rebatizado de Fazendo Escola), que distribui recursos para aquisição de material e pagamento de professores de EJA para municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano. O programa atende o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste, regiões com os maiores índices de analfabetismo e analfabetismo funcional. Foram as Diretrizes Curriculares Nacionais de 2000 que definiram os objetivos da EJA: restaurar o direito à educação negado aos jovens e adultos, oferecer a eles igualdade de oportunidades para a entrada e permanência no mercado de trabalho e qualificação para uma educação permanente.



Para mais informações, consultar endereços abaixo:

http://portal.mec.gov.br/secad/index.php?option=content&task=view&id=123

http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0167/aberto/mt_247721.shtml

sexta-feira

Perfil dos Alunos de EJA

Quem não teve oportunidade de estudar na idade apropriada, por motivos variados, (desde o abandono da escola, por causa do trabalho, antes de terminar a Educação Básica ou porque não tinha escola na região onde morava) pode procurar as instituições de ensino para completar seus estudos em EJA – Educação de Jovens e Adultos. Desde os que não sabem ler e escrever que querem ser alfabetizados e os que já possuem essas habilidades mas desejam adquirir o diploma e outros saberes para se sentirem mais cidadãos e participativos. Portanto o conceito é voltado para as características e especificidades dos sujeitos aos quais ela se destina. “São homens e mulheres, trabalhadores/as empregados/as e desempregados/as ou em busca do primeiro emprego; filhos, pais e mães; moradores urbanos de periferias, favelas e vilas. São sujeitos sociais e culturais, marginalizados nas esferas socioeconômicas e educacionais, privados do acesso à cultura letrada e aos bens culturais e sociais, comprometendo uma participação mais ativa no mundo do trabalho, da política e da cultura. Vivem no mundo urbano, industrializado, burocratizado e escolarizado, em geral trabalhando em ocupações não qualificadas. Trazem a marca da exclusão social, mas são sujeitos do tempo presente e do tempo futuro, formados pelas memórias que os constituem enquanto seres temporais. São, ainda, excluídos do sistema de ensino, e apresentam em geral um tempo maior de escolaridade devido a repetências acumuladas e interrupções na vida escolar. Muitos nunca foram à escola ou dela tiveram que se afastar, quando crianças, em função da entrada precoce no mercado de trabalho, ou mesmo por falta de escolas. Jovens e adultos que quando retornam à escola o fazem guiados pelo desejo de melhorar de vida ou por exigências ligadas ao mundo do trabalho. São sujeitos de direitos, trabalhadores que participam concretamente da garantia de sobrevivência do grupo familiar ao qual pertencem.” (Parecer/Conselho Municipal da Educação)

Marta Kohl de Oliveira salienta que
O tema "educação de pessoas jovens e adultas" não nos remete apenas a uma questão de especificidade etária, mas, primordialmente, a uma questão de especificidade cultural. Isto é, apesar do corte por idade (jovens e adultos são, basicamente, "não crianças"), esse território da educação não diz respeito a reflexões e ações educativas dirigidas a qualquer jovem ou adulto, mas delimita um determinado grupo de pessoas relativamente homogêneo no interior da diversidade de grupos culturais da sociedade contemporânea. O adulto, para a educação de jovens e adultos, não é o estudante universitário, o profissional qualificado que freqüenta cursos de formação continuada ou de especialização, ou a pessoa adulta interessada em aperfeiçoar seus conhecimentos em áreas como artes, línguas estrangeiras ou música, por exemplo. Ele é geralmente o migrante que chega às grandes metrópoles proveniente de áreas rurais empobrecidas, filho de trabalhadores rurais não qualificados e com baixo nível de instrução escolar (muito freqüentemente analfabetos), ele próprio com uma passagem curta e não sistemática pela escola e trabalhando em ocupações urbanas não qualificadas, após experiência no trabalho rural na infância e na adolescência, que busca a escola tardiamente para alfabetizar-se. E o jovem, relativamente recentemente incorporado ao território da antiga educação de adultos, não é aquele com uma história de escolaridade regular, o vestibulando ou o aluno de cursos extra-curriculares em busca de enriquecimento pessoal. Como o adulto anteriormente descrito, o adolescente é também um excluído da escola, porém geralmente incorporado aos cursos supletivos em fases mais adiantadas da escolaridade, com maiores chances, portanto, de concluir o ensino fundamental ou mesmo o ensino médio. É bem mais ligado ao mundo urbano, envolvido em atividades de trabalho e lazer mais relacionadas com a sociedade letrada, escolarizada e urbana. Refletir sobre como esses jovens e adultos pensam e aprendem envolve, portanto, transitar pelo menos por três campos que contribuem para a definição de seu lugar social: a condição de "não-crianças", a condição de excluídos da escola e a condição de membros de determinados grupos culturais.

Maiores informações consultar endereços abaixo:

http://www.pbh.gov.br/educacao/Tb1.pdf

http://www.acaoeducativa.org.br/downloads/kohlp.pdf

Arrumação






Arrumação

(Elomar)

Josefina sai cá fora e vem vê
olha os fôrro ramiado vai chuvê
vai trimina reduzi toda a criação
das banda de lá do ri Gavião
chiquêra prá cá já ronca truvão
futuca a tuia, pega o catadô
vamo plantá feijão no pó
Mãe Purdença inda num culheu o ái
o ái roxo essa lavora tardã
diligença pega panicum balai
vai cum tua irmã, vai num pulo só
vai culhê o ái, ái de tua avó
futuca a tuia, pega o catadô
vamo plantá feijão no pó
lua nova sussarana vai passá
"sêda branca" na passada ela levô
ponta d'unha lua fina risca no céu
a onça prisunha a cara de réu
o pai do chiquêro a gata comeu
foi num truvejo c'ua zagaia só
foi tanto sangue de dá dó
os cigano já subiro bêra ri
é só danos todo ano nunca vi
paciência já num guento a pirsiguição
já sô um caco véi nesse meu sertão
tudo qui juntei foi só prá ladrão
futuca a tuia, pega o catadô
vamo plantá feijão no pó

http://www.elomar.com.br/

Mandalas, cores e dia-a-dia







Mandalas, cores e cotidiano

Essa experiência foi desenvolvida com alunos da EJA durante o primeiro semestre de 2007 na Escola Municipal Hélio Pellegrino, localizada na região norte da cidade de Belo Horizonte. A proposta apresentada aos alunos teve, inicialmente, como objetivo a pesquisa sobre cores, a simulação de mistura de cores e a criação de composições que explorasse as relações entre as cores. As primeiras aulas constituíram-se de desenhos de observação e de criação, experimentações de composições figurativas e abstratas criadas no caderno de desenho comum que cada aluno possuía. Os que não possuíam o caderno desenhavam em folhas de papel sulfite tamanho ofício. Livros de arte foram apresentados aos alunos, com imagens de obras abstratas e figurativas nas quais ficava evidenciada a exploração das cores por artistas como Juan Miró, Piet Modrian e Alfredo Volpi. Buscando proporcionar uma experiência e aprendizado mais significativo para os alunos, foi utilizado também o computador e ambientes da web para pesquisa e simulação de misturas de cores.
O primeiro site acessado para a simulação de cores foi o Rede Interativa Virtual de Educação, da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação, que elabora conteúdos pedagógicos digitais na forma de objetos de aprendizagem e os disponibiliza na web. Os objetos de aprendizagem são compreendidos como quaisquer recursos que possam ser utilizados para dar suporte à aprendizagem. O site possui os programas denominados cor luz e cores, produzidos com o objetivo de informar conceitos sobre cor luz e cor pigmento e também para manipular, comparar e fazer a formação das cores na tela do computador.
A utilização dos ambientes proporciona uma aula dinâmica, com tecnologia que permite atividades interativas através de simulações e algumas animações. Os conteúdos estimulam o pensamento crítico e o raciocínio dos alunos porque permitem a interação com as ferramentas no ambiente para simular a criação de um disco de cores e experimentar combinações para a formação das cores desejadas. O download dos programas pode ser feito no site e há também um guia para o professor, com sugestões de uso.
Um dos alunos, após acessar o site e ver o disco de cores na tela do computador disse: Podíamos fazer umas mandalas! Com isso ele queria dizer que gostaria de criar um desenho de mandala em um suporte físico, queria experimentar criar o desenho sobre papel. Essa sugestão foi apresentada para os outros alunos - de outras turmas também - mas a maioria não sabia o que significava mandala. Alguns arriscaram palpites: Foi uma novela que passou na televisão!, É coisa de macumba!, É um desenho redondo!
Foi contextualizado que a produção de mandalas poderia ser um bom exercício para explorar a composição de formas abstratas e para a aplicação da pesquisa sobre cores. Mas era um desenho que possuía uma simbologia envolvida, que a sua construção é normalmente ligada a uma forma de meditação, que o processo de produção é lento e que, apesar de estar presente em muitas culturas, o mandala não faz parte de uma manifestação artística em um período específico na historia da arte. Diante do conhecimento limitado que a maioria dos alunos possuía sobre o tema e da manifestação de vontade de aprender o significado e experimentar criar um desenho, partiu-se então para a experiência de pesquisa e para o exercício de composições de mandalas. Ficou combinado que seria um projeto cuja culminância seria a exposição, na escola, dos trabalhos criados. No início alguns alunos, principalmente os das séries iniciais, em processo de alfabetização, achavam que não seriam capazes de criar o desenho.
Muitos dos desenhos de mandala que se vê com certa frequência em muitas escolas de ensino fundamental são folhas impressas, com formas repetidas, para o aluno colorir. Foi incluída, então, nas atividades, a pesquisa sobre mandala, a sua origem, o seu significado e o acesso a imagens de mandalas e ambientes para simulação de criação de mandalas, associada à pesquisa de cores.6
Para o exercício de desenho em papel algumas regras foram estabelecidas: a) o desenho deveria ser inventado, não era permitido fazer cópias e foi estimulado, prioritariamente, o uso de formas e texturas percebidas no dia-a-dia: formas geométricas, presentes na própria casa, nos detalhes da arquitetura, nas cerâmicas dos prédios, nos desenhos nas embalagens, nas roupas, na mídia impressa etc. c) Era preciso criar ao menos dois desenhos no caderno, como exercício, e o desenho selecionado seria feito definitivamente em papel com gramatura maior, tipo papel cartão e em tamanho maior. d) Para ampliar as possibilidades de realização do projeto foi permitido criar composições também com desenhos figurativos, de imagens percebidas no cotidiano ou através de consulta à memória, de situações ou fatos relevantes vivenciados anteriormente que pudessem ser contados através de uma imagem. e) As cores deveriam ser realizadas somente com o uso de lápis de cor.
No começo os desenhos feitos eram rígidos, sem muita criatividade. Com o uso da internet e com o estímulo da percepção atenta aos elementos e formas do cotidiano os desenhos começaram a apresentar uma qualidade muito superior e a produção tornou-se mais profícua e variada, com trabalhos mais criativos e composições inusitadas. Exemplos como imagens de flores de uma toalha de mesa eram levadas para a composição do desenho; em outro caso, o formato do ralo do banheiro foi o ponto de partida para a criação do mandala e também desenhos criados a partir de imagens percebidas mentalmente, com o uso da imaginação na combinação de idéias etc., conforme relato dos próprios alunos.
Da associação com a vida cotidiana de cada um sugiram desenhos inusitados: Meu desenho eu imaginei quando tava tomando banho, é o ralo do banheiro! Eu desenhei um aquário! Eu desenhei uma bola! Meu desenho surgiu de um ovo, na hora que tava fritando! Alguns expressaram, através do desenho, preocupação com o meio ambiente. Outros revelaram a importância da arte, como o depoimento de uma aluna, gravado em vídeo: A arte pra mim, eu acho que está em tudo. Ela faz parte da nossa vida, do nosso cotidiano. A gente vê arte na casa da gente, nas coisas, na rua, no nosso corpo. Nosso próprio corpo é uma arte! O depoimento revelou, de forma surpreendente, uma interpretação madura sobre a importância da arte na sociedade e também do ensino de Arte na escola.
Buscar percepções e relações entre as cores e formas do cotidiano ajudou no desenvolvimento da capacidade criadora dos alunos e também no desenvolvimento perceptivo e crítico. Em todas as etapas houve envolvimento, pesquisa, experimentação, contextualização e julgamento de valores percebidos nos trabalhos e nos dos colegas. O uso da internet também proporcionou a efetivação de práticas de simulação de desenhos e mistura de cores que enriquecem a experiência e favorecem o encaminhamento das atividades desenvolvidas também na sala de aula e não só no laboratório de informática.
A exposição foi realizada no mês de junho de 2007. Houve o envolvimento da maioria dos alunos que criaram os desenhos de mandalas e muitos expressaram orgulho e autoconfiança depois do trabalho acabado e exposto na escola. A criação e as questões relacionadas às etapas de produção, a apreciação e reflexão sobre os próprios trabalhos e os dos colegas assim como apreciação de outras obras de arte - proporcionada principalmente pela pesquisa via internet - se constituíram nos conteúdos trabalhados durante o projeto.
O uso do computador e de recursos da internet também facilitou a construção do conhecimento sobre o tema pesquisado, sobre a arte e a diversidade de formas artísticas e se revelou numa ferramenta fundamental para o desenvolvimento do projeto.

ABC do amor

http://www.rubinhodovale.com.br/discografia.html#1

Alongamentos


Dicas para um dia-a-dia mais saudável

(este tópico contém informações sobre exercícios de alongamentos e a importância e benefícios de sua prática para o nosso corpo. Entretanto, toda e qualquer atividade física deve ser feita de modo correto, com a orientação profissional, para evitar tensões, lesões musculares ou outras constusões com consequências mais graves. Antes de exercitar, peça ao seu professor ou professora de educação física orientações sobre a prática de alongamentos)



Os alongamentos são exercícios voltados para o aumento da flexibilidade muscular, fazendo com que as fibras musculares aumentem o seu comprimento. Quanto mais alongado um músculo, maior será a movimentação da articulação comandada por aquele músculo e, portanto, maior a sua flexibilidade. E nossos músculos, que são responsáveis pelos nossos movimentos, possuem, entre outras características importantes, a elasticidade, que lhes permite voltar ao tamanho normal depois de alongados.

Entretanto, devido à vida sedentária, posturas inadequadas, estresse diário e a não realização de alongamentos, o ser humano pode ter estruturas do corpo comprometidas pelo desalinhamento ou sobrecarga que sofrem. Com os músculos tensos ou encurtados, não haverá amplitude normal de movimentos, nem uma boa circulação sangüínea, além de causar desconfortos e até dores.

Isso mostra a importância de realizarmos alongamentos com freqüência, entretanto, mais importante do que realizá-los, é fazê-los de maneira correta.

Os alongamentos são fáceis, mas quando realizados de forma incorreta podem, na realidade, ser prejudiciais ao corpo.

Alongamentos antes e depois da exercitar o corpo mantêm a flexibilidade e ajudam na prevenção de lesões comuns.


Objetivos do Alongamento

Restaurar a amplitude de movimento normal na articulação envolvida e a mobilidade das partes adjacentes a esta articulação;

Reduzir as tensões e lesões musculares e proporcionar a sensação de um corpo mais relaxado.

Desenvolver a consciência corporal. Conforme você alonga as várias partes do seu corpo, você as focaliza e entra em contato com as mesmas proporcionando melhor conhecimento do próprio corpo.

Aumentar a amplitude de movimento de uma área particular do corpo ou corporal de forma geral antes de iniciar os exercícios de fortalecimento;

Ativar a circulação.

FONTES:
http://www.alongamentos.com/
ANDERSON, Bob. ALONGUE-SE. Ilustrações Jean Anderson. São Paulo: Summus, 1983.




Pela manhã



Alongamentos diários




Antes e depois de andar




Alongamentos diários














































Para pessoas acima de 50 anos